A minha filha

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Conta-me tudo tim-tim por tim-tim do seu dia e com detalhes. Ontem fomos ao médico de familia de manhã, pelo que só foi à escola de tarde. Mesmo assim deu direito ao relato: a M já namora com o M; o professor mudou a disposição das mesas A ficou com B o que é bom, C ficou com D o que é mais ou menos... e assim sucessivamente até correr toda a turma, dando opinião sobre todos; relatou ainda o intervalo, manifestou a sua preocupação com as fichas de avaliação que estão a chegar, referiu os ossos do corpo humano que aprendeu, as partes do corpo, as tabuadas... e a partir dai deixei de ouvir.
Eu sei que isto é muito bom, oxalá ela nunca deixe de confiar em mim e nunca deixe de gostar de partilhar as suas coisas comigo. Mas não era necessário tanto detalhe. É que ao final do dia uma pessoa tá um cadinho cansada e depois sente-se culpada por não ter pachorra para ouvir tamanho discurso.
Mas deixou escapar nas entrelineas que anda um genro na mira.
Levantei logo as orelhas!
Será que ela fez de proposíto???

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