Hoje fiquei em casa, coisa que há muitas sexta-feiras não acontecia. A pequena já dorme.
Resolvi relaxar esta noite, saborear um bom tinto e a musica dos anos 50 inunda-me a alma. Estou serena como há muito não estava.
Dou por mim a pensar como a vida muda num ápice. Mais incrivel ainda, como nós nos adaptamos à mudança. Há cerca de dois meses senti-me tão perdida que coloquei em duvida a minha capacidade de lutar por aquilo que me faz feliz. Achei que nunca recuperaria. Era o fim do mundo, uma dor imensa.
Dois meses volvidos, acredito novamente em mim. Novos acontecimentos fizeram-me olhar para mim de outra forma e depois olhar o mundo de outra forma. Tudo à minha volta coloquei em causa. Por fim com calma conclui que tenho uma vida cheia e rica, rica de valores, de gente incrivel à minha volta, de paisagens deslumbrantes, sim tenho uma vida muito rica.
E sim é esta a vida que eu quero, é assim que sou feliz.
A nuvem passou, tenho a minha felicidade de volta e amanhã vou ver o mar. Na próxima semana vou ver a Rita Redshoes. A gripe dos ultimos dias não me permitiu ir ao teatro como tinha combinado, mas serviu para receber muitos miminhos, uns esperados e outros nem tanto.
No emprego estou a desenvolver um projecto que segue finalmente a bom ritmo.
A minha menina para além de linda, já tem algumas conversas de crescidinha e divertimo-nos muito as duas, pulamos, cantamos e dançamos... acabamos à gargalhada.
E de manhã quando saio de casa digo Bom Dia, sentido, ás pessoas que me conhecem desde sempre e que sei que me estimam.
Tenho amigos fantásticos, uns perto outros longe, mas estão lá.
Falta-me alguma coisa? Não já não sinto falta de mais nada, excepto do 2º copo de vinho tinto enquanto ouço Fever de Peggy Lee.