Felicidade

domingo, 12 de outubro de 2008


Buscar a felicidade é parte da minha essência, reflexões feitas em escuros silêncios e caminhos sem rumo, nem sentido.
Durante tempos mergulhei na convicção de que a felicidade não existia ou era privilégio de poucos, demasiado afortunados ou estúpidos para indagar sobre o âmago da vida; repetia as banalidades absurdas, lugares-comuns inventados por sombrios casmurros de que a felicidade era ilusória, a aritmética soma de alguns momentos de risos e sorrisos, prazeres imediatos, deterioráveis, trechos de pequenos prazeres.

Tretas! Série de disparates. Teorias tontas manipuladas para suportar vidas sem razão e nem sentido, justificar medos e receios, cobardias. Momentos ou a soma de momentos, define satisfação, valor bem diferente de felicidade.
A felicidade existe e corre por aí, por muitos e variados trilhos, em rosto de pessoas contentes, que encontram nas ínfimas coisas o mais amplo contentamento. Refuta-la é abnegar-se perante o infortúnio, deixar-se perder em vielas escusas, temendo as avenidas que nos levam ao nosso destino. Por mim, cansei-me de becos e ruelas: se a vida me quis esconder o sol, obrigando-me a percorrer num metro escuro jornadas em dias solarengos, não irei desistir de o procurar, porque os buracos no trajecto, ensinam-nos que há estradas lindas, como colinas, árvores e rios, onde a beleza existe, onde a felicidade está presente, em pequenos momentos, em minúsculos gestos, em diminutas palavras, mesmo ditas em silêncio. Hoje sei, como soube no passado e saberei no futuro, exactamente aquilo que quero e a forma de o alcançar.

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